lunes, 31 de mayo de 2010

1962- Antonio Pitanga jogando capoeira (Film Barrabento)

Trecho do filme "Barravento", de Glauber Rocha (1962). Samba de roda cantado e tocado por ninguém menos que o Mestre Canjiquinha. O mestre acompanha o samba tocando uma caixa de madeira. Na seqüência, joga capoeira com Antônio Pitanga.
http://www.youtube.com/watch?v=KKIbZLraWnQ

jueves, 27 de mayo de 2010

1779-PERNAMBUCO- Mujer tocando cítara

foto: Sudáfrica

Da festa barroca à intolerância ilustrada. Irmandades católicas e religiosidade negra na América portuguesa (1750-1815)
Luiz Geraldo Silva
Universidade Federal do Paraná, Brasil

Pouco tempo depois, em meados de 1779, dois dos frades capuchinhos recém chegados a Pernambuco, sendo um deles o frei Constantino de Parma, prefeito de sua ordem, revelaram uma clara indisposição para com os rituais barrocos e africanizados dos negros. Conforme escreveu o governador José César de Menezes, em carta de 22 de março de 1780,

... uns frades barbadinhos, de novo chagados dessas Cortes, os quais com um indiscreto zelo, e coligados com dois Clérigos, se lançaram pelas casas onde os Negros que guardavam os instrumentos das danças e os entraram a quebrar de que os negros se quiseram levantar, e foi preciso um dos ditos frades tirar um Santo Cristo e dizer-lhes que aquele Senhor é que mandava; isto fez logo aquietar os Pretos; depois foram os ditos Padres à casa de uma mulher casada, que estava tocando uma cítara, e lha quebraram. Representando-me esta repreendi os Padres Missionários e Clérigos, que foram mostrar as casas, e fiz pagar o desmancho dos instrumentos.v
http://www.blogger.com/post-create.g?blogID=3498133743581096969

1768-RECIFE- Pretos dançan e facem voltas como Arlequins


Grabado: "Negros Volteadores"
DEBRET. Voyage pittoresque et historique au Brésil. Paris: Didot Firmin et Fréres, 1824.









Da festa barroca à intolerância ilustrada. Irmandades católicas e religiosidade negra na América portuguesa (1750-1815)



Luiz Geraldo Silva
Universidade Federal do Paraná, Brasil

Com efeito, outros contemporâneos de fins do século XVIII e de inícios do século seguinte descreveram as festas do Rosário do Recife e de Olinda nos mesmos termos de Loreto Couto. Em junho de 1780, Dom José da Cunha Grã Ataíde de Melo, o Conde de Povolide — que havia sido governador da capitania entre 1768 e 1769 —, escreveu em Lisboa que em suas festas “os Pretos, divididos em Nações, e com instrumentos próprios de cada uma, dançam, e fazem voltas como Arlequins, e outros dançam com diversos movimentos do corpo, que inda que não sejam os mais inocentes são como os fandangos de Castela e fofas de Portugal, e os Lundus dos Brancos e Pardos daquele País”, isto é, da América portuguesa..................................................................................
.......................As demonstrações públicas da religiosidade negra eram praticamente cotidianas entre os irmãos do Rosário do bairro de Santo Antônio. Nessa direção, como escreve Loreto Couto (158-http://www.estadonacional.usp.br/pesquisa/Textos/repensando.pdf
159) por volta de 1759, eles cantavam o terço com ladainha “todos os dias do ano sem que os
estorve algum acontecimento”. Ao mesmo tempo, os “homens pretos” realizavam um cortejo semanal aos sábados, relativo aos cânticos do terço pelas ruas do Recife.

sábado, 15 de mayo de 2010

1741- VILA RICA- esconderijos de negros.

Arquivo Público Mineiro - APM


Notação : CC - Cx. 16 - 10320

Local : Vila Rica

Datas-limite : 13/05/1741 - 13/05/1741
Caixa : 16
Rolo : 505
Conteúdo : Ordem da Câmara para os moradores de Vila Rica sobre o fornecimento de escravos para
realização da queimada de matos e capoeiras para evitar que sirvam de esconderijos de negros.
Nota : Constam informações sobre registro.
Descritores : ORDENS / ESCRAVOS /

jueves, 13 de mayo de 2010

1831- Capoeira tocador de sino (campana),

À flor da terra: o cemitério dos pretos novos no Rio de Janeiro
Júlio César Medeiros da Silva Pereira

Um exemplo pinçado do ano de 1831 pode reforçar esta nossa proposição.

Um preto forro, capoeira, intrépido tocador de sino, morreu ao cair da torre da Igreja de Nossa Senhora Mãe dos Homens, depois de se aventurar a fazer badalar o sino da igreja. O juiz de crime não hesitou em enviá-lo à Ladeira da Misericórdia para ser sepultado.62


62 AN, Ij6-165, 1831-1833, 2/11/1831. Apud: Carlos Eugênio Líbano Soares, A Capoeira Escrava e outras transformações no Rio de Janeiro (1808-1850), p. 152.