Cosme de Farias e os Capoeiras na Bahia:
Um Capítulo de História e Cultura afro-brasileira Josivaldo Pires de Oliveira (Bel)1 Nasceu no dia 02 de abril de 1875, em São Tomé de Paripe, subúrbio de Salvador, então Província da Bahia, filho de Paulino Manuel e Júlia Cândida de Farias, cursou apenas
o primário. Seria o bastante para se tornar vereador, deputado estadual, ativista social tendo, como rábula, defendido “mais de 30 mil ladrões, prostitutas, bicheiros, homicidas, homens e mulheres caluniados, pobres que mofariam na cadeia sem dar a sua versão dos fatos”.8 Muitos desses “criminosos” ou ludibriados réus defendidos por Cosme de Farias eram capoeiras. Em grande parte dos documentos que encontrei na pesquisa que deu origem ao livro No tempo dos valentes, o Major aparecia como autor de pedido de soltura e habeas-corpus em favor de indivíduos identificados como capoeiras. 9 Os casos que se
seguem ilustram a prática do rábula na defesa de capoeiras que comprovadamente se envolveram em conflitos de rua com diferentes proporções, gerando assim problemas com
a justiça. Desde assassinatos de grande repercussão como foi o caso do capoeira Bastião, até as pequenas contendas da vida diária que marcaram a experiência de vida dos capoeiras
Pedro Porreta e Chico Três Pedaços, o Major Cosme de Farias era requisitado como orábula dos capoeiras.
Fac-símile do original do pedido de soltura (P. deferimento) em
favor do capoeira Chico Três Pedaços, assinado pelo Major Cosmede Farias, disponível no Arquivo Público do Estado da Bahia –Seção Judiciária.
Um Capítulo de História e Cultura afro-brasileira Josivaldo Pires de Oliveira (Bel)1 Nasceu no dia 02 de abril de 1875, em São Tomé de Paripe, subúrbio de Salvador, então Província da Bahia, filho de Paulino Manuel e Júlia Cândida de Farias, cursou apenas
o primário. Seria o bastante para se tornar vereador, deputado estadual, ativista social tendo, como rábula, defendido “mais de 30 mil ladrões, prostitutas, bicheiros, homicidas, homens e mulheres caluniados, pobres que mofariam na cadeia sem dar a sua versão dos fatos”.8 Muitos desses “criminosos” ou ludibriados réus defendidos por Cosme de Farias eram capoeiras. Em grande parte dos documentos que encontrei na pesquisa que deu origem ao livro No tempo dos valentes, o Major aparecia como autor de pedido de soltura e habeas-corpus em favor de indivíduos identificados como capoeiras. 9 Os casos que se
seguem ilustram a prática do rábula na defesa de capoeiras que comprovadamente se envolveram em conflitos de rua com diferentes proporções, gerando assim problemas com
a justiça. Desde assassinatos de grande repercussão como foi o caso do capoeira Bastião, até as pequenas contendas da vida diária que marcaram a experiência de vida dos capoeiras
Pedro Porreta e Chico Três Pedaços, o Major Cosme de Farias era requisitado como orábula dos capoeiras.
Fac-símile do original do pedido de soltura (P. deferimento) em
favor do capoeira Chico Três Pedaços, assinado pelo Major Cosmede Farias, disponível no Arquivo Público do Estado da Bahia –Seção Judiciária.