A acomodação da demanda por novos espaços, resultante desse amortecimento demográfico, contribuiu para (ou simplesmente pôs em evidência) uma outra limitação do projeto de modernização da Capital baiana, no que se refere à segregação das populações pobres e mestiças da área central da cidade. Com efeito, enquanto a reforma urbana empreendida no Rio de Janeiro teve como um dos seus traços marcantes a retirada das camadas menos favorecidas do centro para as periferias, em Salvador, esses grupos permanecem ocupando o núcleo principal da cidade, dividindo espaço com o comércio e as suas principais instituições públicas e privadas. Não por acaso, conforme observa Oliveira84, por volta de 1917 a área da cidade com maior incidência da prática da capoeiragem (prática característica das camadas populares) sobrepõe-se aos sítios que abrigavam tanto o comércio como as referidas instituições, conforme pode ser constatado na figura .
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