jueves, 31 de diciembre de 2009

1916-BAHÍA- Manuel Querino decribe el "RITUAL DO JOGO"

Das ruas às academias
Por este viés de apresentação, compreendemos a Capoeira como uma cultura extremamente rica e complexa, muitas vezes ampliada pela circularidade construída por indivíduos que também
fazem parte em outras manifestações culturais, e, às vezes, simplificada pelo seu processo de ensino e aprendizagem em vigor nos dias de hoje. O que quer dizer que, mesmo sem a organização e o padrão existente atualmente, a Capoeira se constituiu e se expressa como uma “cultura aberta” ao absorver elementos de outras manifestações culturais.
Para compreender essa transformação citamos Manoel Querino que traz à luz fatos do passado, de um passado que viu e ouviu. Com seus relatos mostra a Capoeira baiana do século XIX e
estes, somados a outros trabalhos, permitem-nos perceber tal prática cultural a partir do estilo de vida do próprio capoeira. O angola era, em geral, pernóstico, excessivamente loquaz, de gestos amaneirados, tipo completo e acabado de capadócio e o introdutor da capoeiragem, na Bahia. A capoeira era uma espécie de jogo atlético, [...]. O capoeira era um indivíduo desconfiado e sempre
prevenido. [...]8
Com relação ao ritual do jogo, além de registrar os locais preferidos, descreve:
Previamente, parlamentavam, por intermédio de gazetas manuscritas. Duas circunstâncias atuavam, poderosamente, no espírito da mocidade, para se entregar aos exercícios da capoeiragem: a leitura da história de Carlos Magno ou os doze pares da França, e bem assim, as narrações guerreiras da vida de Napoleão Bonaparte. Era a mania de ser valente como, modernamente a de cavador. Nesses exercícios que a gíria do capadócio (chamava) de brinquedo, dançavam a capoeira sob o ritmo do berimbau [...]9

8 QUERINO, Manuel. Bahia de outróra – vultos e factos populares. Bahia: Livraria Econômica, 1916, p. 195.
9 Ibidem, p. 196.

FUENTE:
IDENTIDADE OU DIVERSIDADE CULTURAL?capoeirabrasilamazonia.com.br

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