sábado, 8 de enero de 2011

1835-Miudinho-batuque y arco musical

TÍTULO DO ORIGINAL:

ZEHN JAHRE IN BRASILIEN
Während der Regierung Don Pedro's und nach dessen Entthronung. - Mit besonderer Hinsicht auf das Schicksal der Ausländischen Truppen und der deutschen Colonisten. Von CARL SEIDLER Vormaligen Offizier in Kaiserlich brasilianischen Diensten. Quedlinburg und Leipzig Druck und Verlag von Gottfr. Basse 1835
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. Se bem que nesse ato solene não houvesse ninguém de ânimo alegre, explodiu generalizada gargalhada ; o padre, a quem o laço passara pelo meio das pernas, com um valente salto para o ar nos revelou que só a batina lhe velava a nudez ; refeito do susto, levantou- se depressa do chão. a berrar aos músicos que tocassem o miudinhio (sie) (dansa muito comum no Brasil, mas muito indecente).
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Dois homens fortes carregavam um grosso pedaço de tronco oco, revestido de couro, no qual logo um deles entrou a bater com os pés como num tambor (120) ; outros instrumentos, de sons que casavam com o do tambor, apareceram pouco a pouco e rompeu uma música pela qual certamente teria manifestado respeito o próprio tambor-mor Rossini...... Começou depois ao ar livre um baile, que regulava com a música e a cantoria. Imaginem-se as mais detestáveis contrações musculares, sem cadência, os mais indecentes requebros das pernas e braços semi-nus, os mais ousados saltos, as saias esvoaçantes, a mímica mais nojenta, em que se revelava a mais crua volúpia carnal — tal era a dansa em que, desde o começo as graças se transmudavam em bacantes e fúrias
(120) O que o autor aí refere é uma legítima cerimonia africana. No Rio Grande do Sul, pelo menos até 1902, esses festins não eram raros e os brancos davam- lhes o nome de batuque. Em Porto Alegre o autor desta Nota quando menino viu coisa semelhante.
DEZ ANOS NO BRASIL 237
Nos dias de festa também lhes é permitido de se entregarem livremente a seus folguedos. Costumam então reúnir-se em lugares a isso destinados, perto das cidades, para esquecerem com a música e a dansa as penas e tristezas da semana. Os instrumentos musicais de que aí se servem são em regra extremamente simples, o que não impede que toquem alguns deles com grande perícia. O mais importante deles consiste numa meia cabeça ou porongo, com hastezinhas de ferro, o qual de todos é o que soa mais agradavelmente. Também usam uma corda de tripa esticada sobre um arco, bem como tocam com as mãos uma espécie de tambor.
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"Ora!", teria respondido D. Pedro ao bajulador, "que grande coisa perdi eu? Tinha que ineomodar-me com problemas de governo e na Europa viverei de futuro em feliz far niente (sie) e quando muito tocarei de vez em quando, para mim e a minha roda, um miudinho"
Nota: BIBLIOTECA HISTÓRICA BRASILEIRA, Direção de Rubens Borba de Moraes, VIII, Cari Seidler. ex-oficial do Império Brasileiro, Dez anos no Brasil TRADUÇÃO E NOTAS DO, GENERAL BERTOLDO KLINGER, PREFÁCIO E NOTAS DO, CORONEL F. DE PAULA CIDADE, Ex-professor de história militar. Doação de ambos à Biblioteca Riograndense, da cidade do Rio GrandeLIVRARIA MARTINS, RUA 15 DE NOVEMBRO, 13B, S. PAULO.
Trabalho composto e impresso na EMPRESA GRÁFICA DA "REVISTA DOS TRIBUNAIS" LTDA. À rua Conde de Sarzedas, 38 — S. Paulo para a LIVRARIA MARTINS em novembro de 1941

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