EXCLUÍDOS DA PÁTRIA, PELA PÁTRIA MORRERAM:
foto: Capitao Marcolino.
Uns viraram heróis, outros se sacrificaram sonhando com liberdade. Houve os que nem sabiam o que estavam fazendo. Soldados negros, ex-escravos, representavam 10% dos 123 mil brasileiros que combateram na Guerra do Paraguai (1864-1870). Nosso exército era formado, na maior parte, de trabalhadores livres ou agregados, muitos engajados à força, os ‘voluntários da corda’, pois seguiam amarrados até a batalha.Escravo não era cidadão. O Império concedeu liberdade aos excluídos da pátria que se alistassem. Vinte mil teriam conseguido, incluindo suas mulheres, também beneficiadas, num País com dois milhões e meio de escravos, cerca de um terço da população. Brasil, Paraguai, Argentina e Uruguai, as nações envolvidas, levaram legiões de negros. Na Companhia dos Zuavos da Bahia, ocorreu um dos raros casos de oficialato, o capitão de cavalaria Marcolino dos Santos, herói da tomada de Curuzu.Fazendeiros doavam escravos para livrar-se da convocação; o governo imperial cedeu africanos sob sua custódia, pois tinham vindo ilegalmente, depois de 1850, quando foi proibido o tráfico. Estes mal sabiam o que se passava.O Brasil perdeu entre 20 mil e 50 mil homens, anônimos escravos e brancos pobres, na mais sangrenta guerra do continente.
No hay comentarios:
Publicar un comentario