viernes, 11 de septiembre de 2009

dinâmica afro-islâmica na África Oriental african-islámica dinámica en el Este de África

RECORTE LIBRO: la funadación de Brasil: http://books.google.es/books?id=UM6PMFaZjWMC
Documentos de Trabajo N º 36, CESA, Lisboa, 1995
História e desenvolvimento: Historia y Desarrollo:
dinâmica afro-islâmica na África Oriental african-islámica dinámica en el Este de África
oitocentista decimonoveno
por por
Luís Francisco de Carvalho Luis Francisco de Carvalho

A grande expansão da procura exterior de escravos provenientes da África Oriental, observável a partir de 1770, vai, pois, ter de encontrar outras fontes impulsoras. É a tentativa de transformação das Ilhas Mascarenhas, Ile de France (Maurícia) e Bourbon (Reunião), em economias de plantação, sobretudo vocacionadas para a produção de cana-de-açúcar (à imagem do que sucedia nas Caraíbas), que fornece o principal estímulo à demanda de mão-de-obra escrava levada a cabo pelos franceses. Esta relação com as ilhas francesas do Indico vai explicar a expansão de Quíloa, o principal entreposto de abastecimento, que possibilita alguma resistência dos seus governadores suaíli em face da crescente dominação omanita. No entanto, Quíloa encontrava-se dependente das redes comerciais estabelecidas com os principais centros do norte (onde Zanzibar vai ganhando proeminência), para o abastecimento dos produtos de que necessitava para a captação de escravos oriundos do seu hinterland , acabando por cair na
dominação omanita - sendo as tentativas francesas para reverter a situação, onde avulta a acção de Morice, votadas ao fracasso (vd. Sheriff, 1987, pp.43-46).
Também a partir de Moçambique, o comércio de escravos ganha novo impulso, não só para satisfazer a procura francesa e de Madgáscar, como, principalmente a partir do inicio do séc.XIX, com destino ao Brasil (movimento que se dá igualmente em Angola). De registar, ainda, a presença de navios espanhóis procurando escravos para Cuba e até de alguns negreiros provenientes dos Estados Unidos (vd. Curtin et al., 1978, pp.393-395).
http://pascal.iseg.utl.pt/~cesa/files/DocTrab_36.PDF

1 comentario:

  1. O Conde dos Arcos e as vantagens da batucada (s. XIX)
    Natureza e data do texto:
    O Conde dos Arcos, governador da Bahia no início do século XIX, defendeu a liberação
    dos batuques das diferentes nações africanas, como forma de evitar as revoltas:
    Texto:
    "Batuques olhados pelo governo são uma coisa e olhados pelos particulares da Bahia são outra
    diferentíssima. Estes olham para os batuques como para um ato ofensivo dos direitos
    dominicais, uns porque querem empregar seus escravos em serviço útil ao domingo também, e
    outros porque os querem ter naqueles dias ociosos à sua porta, para assim fazer parada de sua riqueza. O governo, porem, olha para os batuques como para um ato que obriga os negros,
    insensível e maquinalmente, de oito em oito dias, a renovar idéias de aversão recíproca que lhes eram naturais desde que nasceram, e que todavia se vão apagando pouco a pouco com a
    desgraça comum; idéias que podem considerar-se como o garante mais poderoso da segurança
    das grandes cidades do Brasil, pois que, se uma vez as diferentes nações da África se
    esquecerem totalmente da raiva com que a natureza as desuniu, e então os de Dahomey vierem a ser irmão com os nagôs, os gêges com os haúças, os tapas com os ashantis, e assim os
    demais, grandíssimo e inevitável perigo desde então assombrará e desolará o Brasil. E quem
    haverá que duvide que a desgraça tem o poder de fraternizar os desgraçados."
    Fonte: CARNEIRO,Edison. Antologia do Negro Brasileiro. Rio de Janeiro: Ediouro,s.d. p.160.

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